
Pagando bem, que mal tem reflete momento incomum de Kevin Smith
Boa parte da crítica apontou Pagando bem, que mal tem? como momento incomum na trajetória do diretor Kevin Smith. Afinal, o filme seria, essencialmente, uma história de amor com estrutura bem clichê: rapaz e moça que se conheceram a vida inteira descobrem, num momento de guinada em suas vidas, que estão apaixonados um pelo outro. Mas Kevin Smith não é um diretor qualquer, e sim um perito em atacar o que se considera intocável – como as religiões em Dogma. A guinada na vida de Zack (Seth Rogen) e Miri (Elizabeth Banks), os heróis do filme, é o momento em que os dois, completamente quebrados, decidem tomar uma atitude radical para solucionar o problema: realizar um vídeo pornô.Pagando bem, que mal tem? não pretende ser exceção à regra: pela primeira vez na trajetória do diretor, um de seus filmes foi classificado como impróprio para menores de 17 anos. Em Filadélfia, não foi permitida publicidade do filme nos pontos de ônibus por causa da palavra pornô no título original (Zack and Miri make a porno), enquanto diversas rádios se recusaram a divulgá-lo pelas mesmas razões. Tudo isso pode ser ruim para a bilheteria, mas Kevin Smith deve estar se divertindo bastante com a história toda.
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